Com 150 assassinatos, fronteira é um dos lugares mais perigosos do País

A cada dois dias uma pessoa é assassinada a tiros na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

Denuncia gazetacrnews em 16 de outubro, 2019 13h10m
Brasileiro morto na fronteira com 20 tiros. Mês de junho de 2019.
Brasileiro morto na fronteira com 20 tiros. Mês de junho de 2019.

A cada dois dias uma pessoa é assassinada a tiros na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

Os quase 150 crimes de homicídio registrados mais precisamente no trecho entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, no lado paraguaio, o mais sangrento na fronteira entre os dois países, fazem do local um dos mais violentos do Brasil.

Os dados apontam que se mata até duas vezes mais na fronteira que nas regiões com as maiores incidências criminais das duas maiores cidades brasileiras: São Paulo e Rio de Janeiro.

Na capital paulista, o trecho na extrema Zona Sul, formado pelos bairros Capão Redondo, Jardim Ângela e Parelheiros já foi tema de filme e até de novela, além de ter sua rotina sangrenta nos anos 1990 cantada por músicos como o grupo de rap Racionais MC's. "Essa p... é um campo mimado, onde vale muito pouco a sua vida", declamava o vocalista Mano Brown na música "Fórmula Mágica da Paz", do álbum "Sobrevivendo no Inferno" de 1997. Na ocasião, os índices do Governo do Estado de São Paulo apontavam para uma verdadeira guerra civil, taxa de 108 homicídios por 100 mil pessoas.

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Neste ano, contudo, os índices da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo mostram números, digamos, tímidos: as duas delegacias responsáveis pelos temidos bairros, que somados representam uma área duas vezes maior que Ponta Porã e Pedro Juan juntas, registraram 25 casos de assasinatos até setembro.

No Rio de Janeiro, a temida Baixada Fluminense, região metropolitana da capital, responsável por crimes que permeiam o noticiário nacional, não fica atrás. Dados do governo fluminense apontam a delegacia de plantão de Nova Iguaçu com o maior número de casos de homicídios registrados: 45 até o mês passado. No início dos anos 2000, eram 127, segundo os dados históricos da extinta secretaria da segurança, no mesmo período.

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